A indústria automóvel tem vindo a constatar que a massificação dos veículos elétricos não é sustentável.

Se todo o parque automóvel em circulação na Terra passasse a ser elétrico, a rede elétrica existente não aguentaria a procura de energia, implicando a construção de novas centrais termoelétricas, uma vez que as energias renováveis já não seriam suficientes para satisfazer as necessidades.

Ademais, diversos estudos revelam que a pegada de um veículo elétrico é superior à de um híbrido devido à sua massiva necessidade de baterias, que levam à mineração de lítio, provocando diversos e profundos impactos no equilíbrio ecológico do planeta.

A massificação dos veículos elétricos exige ainda a construção de toda uma nova rede de abastecimento, o que provocaria um choque nefasto no meio ambiente.

Mas um futuro neutro em emissões de CO2 pode ser mais do que carros totalmente elétricos. A tecnologia híbrida com motores abastecidos de e-fuels é uma solução bastante plausível.

O e-fuel é um combustível liquefeito composto por água e dióxido de carbono, feito num processo realizado com base nas energias renováveis, livre de enxofre e benzeno. O hidrogénio produzido através da eletrolise da água reage com o dióxido de carbono captado da atmosfera, através de novas tecnologias.

Ao usar CO2 como matéria prima, o e-fuel neutraliza as emissões do mesmo, criando um ciclo fechado neste tipo de emissões. Assim, o CO2 emitido durante a sua combustão será reutilizado para a produção de mais combustível.

O melhor é que com esta tecnologia, os atuais automóveis podem continuar a circular e a atual rede de abastecimento pode continuar a ser usada, uma situação que satisfaz todos os stakeholders.

Fonte: Eco Sapo