A proposta da Comissão Europeia para o setor automóvel aprovada no passado dia 8 de junho pelo Parlamento Europeu cita que, a partir de 2035, a comercialização de veículos com motor de combustão interna deixará de ser permitida na União Europeia.

Esta proposta surge no âmbito do pacote climático ‘Fit for 55 e tem como objetivo eliminar totalmente as emissões de automóveis de passageiros ou veículos comerciais ligeiros com motor de combustão interna, isto é, movidos a combustíveis fósseis. Na prática, a partir de 2035 deixará de ser possível colocar este tipo de veículos no mercado na União Europeia.
Apesar da aprovação que contou com 339 votos a favor, 249 contra e 24 abstenções, a lei ainda não é definitiva. Esta votação favorável confirma, por agora, a posição do Parlamento Europeu para as futuras negociações entre o Conselho da União Europeia, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia. A aprovação final da lei será sempre pelo Conselho da UE, ou seja, pelos 27 Estados-membros.

O secretário-geral da Associação Automóvel Portugal (ACAP), Hélder Pedro, considera que as metas abordadas são “muito estritas” e que os objetivos definidos para 2035 são “prematuros”, sublinhando que estes deviam ser discutidos apenas em 2028, a 7 anos da data, atendendo à evolução tecnológica. Neste momento e a curto prazo, Hélder Pedro defende que é importante definir e estruturar um plano a 10 anos para a rede de carregamentos elétricos, mas que é sobretudo “essencial” o reforço dos incentivos à mobilidade mais limpa, dado que o apoio à compra de automóveis elétricos em Portugal está aquém do de outros países, que chegam a proporcionar o dobro.

Fonte: Razão Automóvel